fisica
“Uma arquitetura erguida no ar”. Fios pendurados. Alguns em linha reta, outros são presos nas duas pontas, diferentes comprimentos e diâmetros. Nenhum dele toca o solo. Vistos em conjunto, parecem um emaranhado rarefeito. É evidente que esses fios constituem o espaço, pelo vazio que existe entre eles. É como se dividissem – repartissem o ambiente. Mas um espaço em permanente reorganização, pois outros planos- diagonais, em intersecção, podem ser traçados.
O espaço, vai se rearticulando, à medida que se avança.
A arquitetura e o urbanismo contemporâneos possuem aeração.
Os vazios que constituem a cidade. Intervalos e desmaterialização são mecanismo de expansão urbana. Quando a cidade “avança”, poderá deixa um vácuo atrás de si. O desenho urbano tradicional – a dota um centro e limites externos – é subvertido: tornando à margem central.
Os espaços intermediários não são simplesmente passivos, “zonas morta”. Eles provocam rearticulações no desenho urbano, pela conexão de elementos afastados.
O empobrecimento dos lugares, reduz a pistas e arquitetura de viagem. A antiga função dos espaços desaparece na retirada geométrica das distâncias. O espaço passageiro escapa da localização, no seu meio é o não-lugar do movimento. A desorganização deve-se ao domínio do movimento.
Zonas abandonadas que existem simultaneamente com áreas de ocupação intensa e desordenada: desaparição da arquitetura. Hoje todo retrato de cidade mostra não o estado dos lugares, mas a rapidez do seu desaparecimento. Existe uma aceleração da imagem urbana. Os períodos estilísticos sucedem-se tão depressa que se convertem em sequência do desmoronamento geral.
O nomadismo, guardando o mesmo caráter desassestado e instável, correspondem a arquitetura.
Construções refletem as mudanças continuas e os deslocamentos instantâneos da “urbe” contemporânea. Aparente paradoxo: o deslocamento suprime as funções, princípio básico de toda arquitetura. Ela agora se