Desmame precoce
A amamentação é fundamental para a saúde das crianças, resultando em benefícios nutricionais, imunológicos, emocionais e econômico-sociais, com reflexo em seu desenvolvimento infantil, além de apresentar vantagens para a saúde materna. Nos últimos anos, o estímulo ao aleitamento materno é preocupação por parte de todos que norteiam o sistema de saúde, profissionais e serviços de saúde, órgãos governamentais, no intuito de se promover à saúde materno-infantil. Todavia, ainda é expressivo o número de desmame precoce pelas nutrizes brasileiras. O aleitamento materno é a forma de nutrição mais completa do recém-nascido, pela visão biológica. Supre as necessidades físicas e psicológicas. A amamentação é uma atividade básica, constituindo uma das primeiras intervenções nutricionais e de saúde infantil que a própria mãe pode empreender para assegurar a saúde do filho. É um modo natural e apropriado que asseguram muitas das necessidades da criança em desenvolvimento e, na maioria dos lugares, é compatível com o ambiente ecológico, econômico e sanitário da mãe e do filho (CAMPESTRINI, 1992). Apesar de ser biologicamente determinada, a amamentação sofre influências socioculturais e por isso deixou de ser praticada universalmente a partir do século XX. Atualmente, a expectativa biológica se contrapõe às expectativas culturais. Algumas conseqüências dessa mudança já puderam ser observadas, como desnutrição e alta mortalidade infantil em áreas menos desenvolvidas (GIUGLIANI, 2000). Apesar de tantas vantagens proporcionadas pelo aleitamento materno, o desmame precoce ainda é crescente no Brasil. O desmame precoce é a interrupção do aleitamento materno nos primeiros seis meses de vida da criança. Apesar de beneficiar mães e filhos e, consequentemente, à sociedade em geral, a