Desmame precoce
INTRODUÇÃO
Atualmente, a importância do aleitamento materno tem sido amplamente divulgada, porém, apesar das fontes de informação disponíveis, há casos de completa ignorância sobre a importância desse alimento, além da existência de fatores que influem negativamente e findam por favorecer o seu declínio, tornando seus comprovados benefícios insuficientes para o incentivo de sua prática.
Associado a esses fatores encontra-se a adolescência, uma fase marcada por mudanças, conflitos e adaptações, que pode tornar-se mais complicada com a presença de uma gravidez precoce. Além do despreparo da mãe adolescente, vários outros questionamentos englobam o ato de amamentar, desde fatores sociais, psicológicos e culturais, até opiniões e incentivos de pessoas próximas à adolescente primípara, que acabam por interferir direta ou indiretamente na decisão de prosseguir ou não amamentando, e no tempo de duração da amamentação, o que delega à enfermagem um papel importante na quebra desses paradigmas.
O aleitamento materno tem sido visto historicamente como uma condição imposta, constituindo, assim, mais um desafio a ser superado, que conta com a participação ativa da equipe de enfermagem, visando modificar essa ideologia a partir da promoção do aleitamento materno de forma fundamentada, desmitificando ideias preconcebidas e eliminando a opção ou imposição pelo desmame precoce.
Tendo em vista a relevância social do aleitamento materno, e a inexperiência de adolescentes primíparas, o presente trabalho trata-se de uma reflexão teórica que tem como objeitvo abordar as questões que interferem na manutenção do aleitamento materno em adolescentes e identificar as dificuldades enfrentadas pelos profissionais de enfermagem na promoção da prática de amamentação entre essas adolescentes. Para fundamentar o estudo foram selecionados artigos publicados entre 2006 a 2010 utilizando a base de dados