desmame precoce
Há um determinismo biológico, especialmente do ponto de vista nutricional e imune, que torna incontestável o leite materno como o melhor alimento para a criança nos primeiros anos de vida (GIUGLIANI, 2000).
Para Ricco (1995) além de ser o mais completo alimento para o bebê, o leite materno atua como agente imunizador, protegendo contra doenças tais como diarréias, distúrbios respiratórios, infecções, entre outras, diminui a mortalidade infantil (ESCUDER et al.; 2003); acalenta a criança no aspecto psicológico, tem a vantagem técnica por ser operacionalmente simples, é de baixo custo financeiro. Protege a mulher contra câncer mamário e ovariano, auxilia na involução uterina provocada pela maior liberação de ocitocina (REA,2004), retarda a volta da fertilidade levando a um maior espaçamento entre os partos e otimiza a mulher em seu papel de mãe (GOUVÊA,2004)
As evidências dos benefícios da amamentação vêm crescendo consideravelmente nos últimos 20 a 25 anos. Dentre alguns dos argumentos em favor desta prática, destaca-se a economia, já citada, que de maneira alguma pode ser desconsiderada, principalmente quando se fala de famílias com baixa renda, pois o gasto médio mensal com a amamentação artificial de uma criança durante os seis primeiros meses de vida no Brasil varia entre 23% a 68% do salário mínimo (GIUGLIANI, 2000).
A mesma autora também destaca outras vantagens do aleitamento materno, como a promoção do vínculo afetivo entre mãe e filho, isto é, facilita a união entre ambos, sendo esta uma ligação emocional muito forte e precoce que pode facilitar o desenvolvimento da criança e seu relacionamento com outras pessoas. Melhora a qualidade de vida para ambos os lados, pois as crianças adoecem menos, não necessitando atendimento médico, e os pais faltam menos ao trabalho.
Embora os benefícios do aleitamento materno sejam muitos, alguns fatores ainda contribuem para o desmame precoce. A dificuldade de amamentar por parte das mães