Desigualdade social no brasil
continua concentrada nas mãos de uma minoria rica. Existe no país um contraste
alarmante, enquanto milhões de pessoas passam fome, uma pequena parcela da
população usufrui do progresso e da tecnologia. Para entender a intensificação de
tais disparidades é necessário levar em conta o processo de modernização que
tomou o país a partir do início do século XIX e fez com que o desenvolvimento
econômico crescesse junto com a miséria.
Dados divulgados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)
indicam que a renda controlada pelos brasileiros que representam o 1% mais
rico da população é praticamente igual à dos 50% mais pobres. Ou seja, uma
pequena parcela da população detém quase toda a riqueza nacional, enquanto
uma minoria vive dos bens e do dinheiro que sobram.
Entre as razões apontadas para a intensificação da concentração de renda
no país temos a estrutura de impostos, pois os mais pobres gastam uma parcela
maior dos rendimentos com impostos do que os mais ricos; a falta de acesso dos
mais pobres as escolas de qualidade e a histórica discriminação social contra
os negros. Além disso, o caráter ineficiente e os benefícios coletivos do Estado
são pequenos e de pouca qualidade diante do amplo problema da desigualdade
Portanto, para promover o combate as desigualdades sociais é necessário
que haja um aumento do salário mínimo, uma mudança na estrutura de impostos,
assim como um empenho maior do Estado. Vale ressaltar que programas
assistenciais como o Bolsa família funcionam como uma medida emergencial,
mas não exercem uma transformação