Desigualdade social no Brasil
INTRODUÇÃO
Desde os primórdios do processo de desenvolvimento brasileiro, o crescimento econômico tem gerado condições extremas de desigualdades espaciais e sociais, que se manifestam entre regiões, estados, meio rural e o meio urbano, entre centro e periferia e entre as raças. Essa disparidade econômica se reflete especialmente sobre a qualidade de vida da população: expectativa de vida, mortalidade infantil e analfabetismo, dentre outros aspectos.
FATORES
Em anos mais recentes, a desigualdade de renda no Brasil pode ser atribuída a fatores estruturais socioeconômicos, como a elevada concentração da riqueza mobiliária e imobiliária agravada pelo declínio dos salários reais e à persistência dos altos juros. A crises que ocorrem dentro do país e do mundo, afetam negativamente o potencial produtivo brasileiro e reduzem a entrada investimentos externos, limitando ainda mais, as chances de geração e de distribuição de emprego e renda no Brasil. Ademais existe a situação da má qualidade da educação brasileira, pois há uma espécie de sabotagem no ensino das escolas, principalmente nas escolas públicas, o que impossibilita o surgimento de novas oportunidades para os mais pobres. A desigualdade se tornou a marca maior da sociedade brasileira.
ÍNDICES
De acordo com relatório da ONU (Pnud), o Brasil está entre os países com pior índice de desigualdade no mundo. Quanto à distância entre pobres e ricos, nosso país empata com o Equador e só fica atrás de Bolívia, Haiti, Madagáscar, Camarões, Tailândia e África do Sul.
Aqui temos uma das piores distribuições de renda do planeta. Entre os 15 países com maior diferença entre ricos e pobres, 10 se encontram na América Latina e Caribe. Mulheres (que recebem salários menores que os homens), negros e indígenas são os mais afetados pela desigualdade social. No Brasil, apenas 5,1% dos brancos sobrevivem com o equivalente a 30 dólares por mês (cerca de R$ 54) O percentual sobe para 10,6% em