desigualdade negra
As origens do Dia da Consciência Negra estão relacionadas aos esforços dos movimentos sociais para evidenciar as desigualdades históricas que afligem as populações negra e parda no Brasil. A data é comemorada em 20 de novembro para coincidir com o aniversário da morte de Zumbi dos Palmares (1655-1695), líder do Quilombo dos Palmares, no período colonial brasileiro.
Os quilombos eram agrupamentos populacionais formados por escravos foragidos de fazendas coloniais. Nesses locais, muitas vezes escondidos em meio à mata, os ex-escravos se organizavam para garantir sua subsistência e a reprodução da cultura de seus ancestrais africanos. No entanto, esses lugares eram frequentemente alvo da violência dos senhores de escravos brancos, que procuravam retomar o controle dos seus escravos foragidos.
O Quilombo dos Palmares, localizado no atual estado de Alagoas, é uma das mais famosas comunidades de escravos foragidos da nossa história. Seu último líder foi Zumbi dos Palmares, nascido no quilombo, mas capturado por colonos portugueses quando ainda era criança. Seu retorno aconteceu quando o governo da Capitania de Pernambuco negociava com as lideranças quilombolas sua submissão à Coroa Portuguesa. Por não concordar com essa proposta, Zumbi desafiou Ganga Zumba, então líder dos negros. Ganga Zumba acabaria envenenado por um aliado de Zumbi, que se tornou assim o governante da comunidade. No final do século17, o Quilombo foi alvo de diversos ataques de bandeirantes. Acabou sucumbindo aos poder bélico superior das tropas. Nesse período, Zumbi foi caçado e morto. Sua cabeça foi exibida em praça pública para desencorajar os outros escravos.
Desde a década de 70, a data do falecimento de Zumbi tem sido utilizada para relembrar as condições desumanas da escravidão no Brasil e as formas de resistência dos povos escravizados. Mais recentemente, leis estaduais e municipais criaram o feriado no dia 20 de novembro com o objetivo de