Designer
O filme vai além de mostrar o moderno e o não-moderno, satiriza a interferência provocada pelas inovações tecnológicas.
O filme mostra dois mundos, o do Tio Hulot que vive numa confusa periferia em que a ordem é estabelecida pelos próprios moradores, e o mundo moderno da família Arpel. Todas as vezes que Hulot vai visitar a irmã, atravessa as ruínas de um muro que representa a ruptura da cidade tradicional com a cidade moderna.
Na casa da família Arpel toda vez que a campainha é tocada, o chafariz em formato de peixe, no meio do geométrico jardim, é acionado, a fonte é desligada de acordo com a importância da visita.
A cozinha tem o que havia de mais moderno na época, o portão abre sozinho e o Design dos móveis são arrojados, as lajotas do no jardim indicam onde se deve pisar, a mesa com o guarda-sol mostra onde se deve almoçar, e onde se deve tomar o café após o almoço, a casa parece ter olhos arquitetonicamente desenhados por duas janelas redondas no quarto do casal.
A cidade é futurista, feita de aço e vidro, luzes e carros, linhas retas, geometria por todos os cantos.
O filme tem um trabalho em especial com as cores que é moderníssimo, é um filme que critica o modo de vida moderno e a arte modernista, mas o que termina nos fascinando no filme é o seu Design e uma arquitetura vanguardista que se vê no decorrer do filme.
Jacques Tati fala nos da orientação para ambientes “futuristas”, retratando a evolução do Design em contraste com os ambientes tradicionais.