Design para crianças
Há 90 anos foi fundada na cidade de Weimar, na Alemanha, a primeira escola de design que temos conhecimento: a Bauhaus. Tinha em seu quadro de professores os maiores artíficies, arquitetos, pintores, escultores e artistas da Europa e, talvez, do mundo, naquele momento.
A Bauhaus se inseriu na lógica produtiva do aumento da oferta que leva à redução de preço, atingindo um maior número de consumidores, (1923 a 1930), mostrando que a produção poderia ser racionalizada através da redução de custos com ganho de escala, levando à massificação do consumo.
Foi um dos primeiros passos para o surgimento do pensamento racional que marca o design, enquanto projeto voltado à produção e à competitividade. Este elemento foi decisivo para que o designer saísse da idealização artística para a realidade racional das indústrias que necessitam comercializar seus produtos, fazendo com que o design ingressasse no sistema produtivo, integrando a cadeia entre desenvolvimento e comercialização.
Esse momento político foi enfatizado na segunda fase da Escola (1923-1930), sob a direção de Hannes Meyer, um marxista assumido, fase essa caracterizada por uma maior preocupação social. Nesta fase, ocorreu a popularização da produção da escola, buscando oferecer bens à classe produtiva, daí porque vários autores atribuem este procedimento à ideologia que Meyer seguia. Foi destituído em 1930 por Walter Gropius (Membro Conselheiro da Bauhaus).
Em 1933 o regime nazista pôs fim à escola e seus profissionais migraram para América, onde fundaram novas correntes de design, que mais tarde estimularam o surgimento de outras escolas pelo mundo nas décadas seguintes.
Após a II Guerra Mundial, vemos o surgimento da «indústria de massa» para estimular a demanda, na qual o design tornou-se um forte fator diferenciador para as empresas. Ganha força o Styling Americano (corrente baseada na velocidade e aerodinâmica aplicada nos produtos), a qual tem em Raymond Loewy seu