Competetividade
Recentemente houve uma grande polémica devido a intenção do governo em reduzir a TSU para as empresas e, em contrapartida, aumentá-la para os trabalhadores. Esta descida iria aumentar a competitividade de Portugal no estrangeiro através de uma desvalorização fiscal, e assim incentivar as empresas, principalmente as exportadoras, a criar mais emprego.
Existem várias maneiras de aumentar a competitividade de um país. A primeira é desvalorizar os salários, a segunda é uma desvalorização fiscal como a redução da TSU, e a terceira um aumento da produtividade superior ao aumento do salário. Pode-se também optar por uma combinação das três.
Sabendo-se que não houve qualquer desvalorização fiscal, nós fomos perdendo competitividade, pois o aumento dos salários foi superior ao aumento de capital. Os anos de 2008 e de 2009 foram os anos em que houve uma maior perda de competitividade, devido principalmente a uma perda de produtividade no ano de 2008, e uma recuperação, apesar de pequena, em 2009. No ano de
2010 o aumento de salário e o aumento da produtividade estavam a convergir.
Esta perda de competitividade teve como consequência uma diminuição das exportações do ano de 2008 para o ano de 2009, que acabaram por aumentar em 2010, ano em que a perda de competitividade começou a reduzir. Em paralelo, as importações seguiram a mesma tendência das exportações, o que manteve o saldo da balança comercial estável, quando comparado a anos anteriores. O aumento da competitividade assenta essencialmente no aumento da produtividade, pois uma redução do salário, apesar de não ser bem vista pelos próprios trabalhadores, também não o é pelos países importadores. Mas como podemos aumentar a nossa produtividade?
Para aumentar a produtividade é essencial um investimento por parte dos empresários, através de uma renovação tecnológica do capital produtivo e consequentemente da formação dos trabalhadores. Mas nesta