Desenvolvimento Urbano Sustentável
Neste percurso, realçamos as contribuições de R. Rogers (1997) em Cities for a Small Planet e de Herbert Girardet (1999) em Creating Sustainable Cities que, respectivamente, introduzem as ideias da cidade como um organismo sistémico, em que a conversão de um metabolismo
“linear” para “circular”, na convergência entre os sub-sistemas económico, social e ecológico, assegura um desempenho mais sustentável, em que os cidadãos elevam o seu bem-estar sem pôr em causa as condições de vida de outros agora e no futuro (v. o texto métodos_planeamento_sustentavel.pdf). Os
documentos
oficiais
reflectem
a
evolução
do
enquadramento
conceptual
do
desenvolvimento urbano sustentável e vão apontando sucessivamente para a importância de maiores níveis de operacionalização.
A transposição do conceito de desenvolvimento sustentável para o desenvolvimento das cidades é o suporte teórico-conceptual que informa hoje a procura de boas práticas de planeamento urbanístico.
O Relatório do grupo de peritos da União Europeia, de 1996 sobre Cidades Europeias
Sustentáveis sistematiza as diversas experiências em curso, acentuando a diversidade de soluções possíveis, seleccionadas em função dos recursos disponíveis e das oportunidades em cada contexto, evidenciando a importância da operacionalidade dos conceitos através abordagens práticas.
Da Cimeira do Rio em 1992 e da adopção, em 1994, dos princípios de sustentabilidade explicitados na Carta das Cidades e Vilas Europeias para a Sustentabilidade – Carta de Aalborg
-, passando pela Declaração de Hannover dos Presidentes de Municípios Europeus “Na
Viragem para o Século XXI”, de 2000, pela “Declaração de Joanesburgo”, de 2002, e pela conferência “Inspirando o Futuro – Aalborg +10”, de 2004, é colocada a ênfase crescente na operacionalidade dos conceitos.
O Conselho Europeu de Urbanistas publica a Nova Carta de Atenas, que enuncia uma visão das cidades do século 21 e divulga a checklist