desenvolvimento profissional de professores e formadores da educaçao
PROFESSORES E FORMADORES DA EDUCAÇÃO
BÁSICA: primeiras aproximações
Renata Portela Rinaldi(*)
Ana Luzia Videira Parisotto(**)
INTRODUÇÃO
Nosso país tem assistido nos últimos anos a uma série de fatores históricos, políticos, econômicos e socioculturais que têm afetado profundamente a todas as áreas. A educação como uma delas tem evidenciado os múltiplos efeitos desse processo.
Desde meados dos anos de 1990, o Brasil vem passando por um intenso período de reformas educacionais motivadas por vários fatores, a saber: normas e metas estabelecidas pelos organismos internacionais, notadamente o Banco Mundial, com a adoção, em nível nacional, de alterações curriculares (envolvendo o currículo e referências para os programas de formação de professores de diferentes níveis e modalidades de ensino); normas legais e exigências de certificação de professores, bem como os resultados do processo de escolarização avaliada a partir de sistemas de avaliação mundial (Programa Internacional de Avaliação de Alunos − Pisa), nacionais (Sistema de
Avaliação do Ensino Básico − Saeb) e regionais (Sistema de Avaliação e Rendimento Escolar –
Saresp); edição de planos e projetos educacionais diversos.
Aliado a essa realidade, as sociedades estão envoltas num complexo processo de transformação que tem provocado efeitos visíveis na escola, tendo em vista a sua função de educar, os quais decorrem de dois fatores inter-relacionados: o valor atribuído ao grau de formação dos cidadãos, à sua capacidade de inovação e empreendedorismo, e o caráter dinâmico do conhecimento. Dessa forma, tem sido necessário garantir − formal e informalmente − a possibilidade de os cidadãos permanentemente se atualizarem e construírem novos conhecimentos.
Como prática social, a educação tem como lócus privilegiado a escola, entendida como espaço de garantia de direitos. Para tanto, é fundamental atentar para as demandas da sociedade como parâmetro para o