Educar e cuidar
AZEVEDO, Heloisa Helena Oliveira de – UNIMEP/PPGE - SP
SCHNETZLER, Roseli Pacheco – UNIMEP/PPGE – SP
GT: Educação de Crianças de 0 a 6 anos / n.07
Agência Financiadora: CAPES
O problema de investigação e suas justificativas
Este trabalho investiga o binômio cuidar-educar e suas implicações na formação inicial de profissionais de Educação Infantil (EI). Compreender como este binômio vem sendo abordado nesta formação e identificar perspectivas de superação da separação cuidar-educar são as pretensões deste estudo pois, dependendo como formadores de profissionais de EI tratam esse binômio pode reforçar, ou não, tal separação nas idéias e práticas dos futuros professores.
O profissional da educação infantil vem, ao longo da sua trajetória, experimentando diferentes exigências em relação à sua atuação. Tais exigências vêm sendo feitas em função da origem e determinação social das instituições de atendimento infantil e das transformações históricas nas sociedades que, por sua vez, provocaram mudanças nas concepções de infância e de EI.
A concepção de criança e a forma de atendimento a ela dispensado também vêm sofrendo mudanças significativas desde o início da Idade Moderna. Mudamos de uma concepção de criança como um adulto em miniatura para uma de criança como ser histórico e social, de uma mãe indiferente para uma mãe coruja, de um atendimento feito em asilos, por adultos que apenas gostassem de cuidar para um feito em uma instituição educativa, por um profissional da área do qual se exige formação adequada para lidar com as crianças.
A literatura da área tem apontado para a necessidade de se construir essa profissão e, historicamente, as propostas para a EI, têm revelado um perfil de profissional que está em consonância com as várias tendências pedagógicas que caracterizam, ainda hoje, o atendimento à EI no Brasil. Neste contexto, as concepções de infância e