desenvolvimento de fisica
Enquanto a esfera interna rodava uniformemente sobre seu eixo, o próprio eixo era transportado pelo movimento uniforme da esfera externa. Na realidade, o eixo da esfera externa podia estar ligado à superfície de uma esfera ainda maior; deste modo o número de esferas podia ser aumentado para representar movimentos mais complexos. Finalmente, todo sistema girava dentro da esfera celeste, que continha as estrelas fixas. Com o número suficiente de esferas movendo-se dentro de outras, Eudoxo obteve uma boa aproximação para o movimento de um planeta. Seus sucessores aperfeiçoaram este modelo, usando ainda mais esferas. No curso da história, foram desenvolvidos muitos sistemas planetários, dependentes de movimentos de esferas, empregando-se mesmo grandes números delas.
Em um dos sistemas, somente para Mercúrio havia treze esferas.
O astrônomo polonês Nicolau Copérnico (1473- 1543) percebeu que o sistema ptolomaico era demasiado complexo. A simplicidade do movimento circular uniforme desejada por Platão tinha sido descoberta por construções complicadas. A verdade, pensava Copérnico, deve ser mais simples. E, assim, dispôs-se a dar uma resposta mais simples ao problema de Platão, escolhendo um centro diferente para o sistema de círculos. Tal como outros antes dele, Copérnico, deu-se conta de que o movimento das estrelas fixas podia ser explicado admitindo que a Terra girasse. (Embora a corrente principal do pensamento grego e medieval seguisse uma teoria geocêntrica, Heráclides, cerca de 370 a.C., acreditava que a Terra girava sobre seu eixo, e Aristarco, III Séc. a.C., pensava que a Terra se movia em torno do Sol). Nossa situação em relação ao céu é, portanto,