Desenvolvimento da capacidade criadora
No capítulo 3, do livro “O desenvolvimento da capacidade criadora”, Lowenfeld e Brittain, (1970), ressaltam a importância do desenho para o desenvolvimento da criança, seja como veículo de autoexpressão ou como de desenvolvimento da capacidade criativa e da epresentativa e definem a arte como sendo “uma comunicação do pensamento” e a consideram parte importante no programa para criança dos anos iniciais do ensino fundamental. O texto aborda a criatividade artística da criança de 7 a 9 anos de idade, período em que a criança começa a estruturar seus processos mentais de forma a relacioná-los com o seu ambiente – o pensamento, sentimentos, percepções e suas reações em relação a esse ambiente e uma importante característica do desenho infantil é a de que representa mais o que a criança sabe de um objeto do que o que ela vê. Os autores enfatizam a importância de o professor criar situações estimulantes para um esenvolvimento criativo, de modo a “propiciar a inventiva e a exploração” do universo imaginário infantil, considerando que cada criança revela seus interesses, sua capacidade, seus recursos e seu envolvimento na arte, independente da aparência estética.
Segundo PIAGET (1973), o desenho é uma das formas de se construir e expressar significados. Sendo assim, qual seria então o papel do professor no processo de construção da significação? Lowenfeld e Brittain, (1970) afirmam que, “na expressão artística não existe resposta certa ou errada, o procedimento deve estar focado no estímulo à criança, para que esta se revele, de maneira pessoal” e que, o professor que deseja fomentar e encorajar a expressão individual do aluno deverá “aceitar e recompensar o comportamento criador, para que a criança se sinta plena de curiosidade, que tenha ideias originais, que discuta até mesmo as instruções do