Tendência liberal e laica
Nas colônias americanas, movimentos de independência surgem influenciados pelas idéias iluministas de liberdade, igualdade e fraternidade.
Em educação, fortalecia-se a tendência liberal e laica, iniciada nos séculos XVI e XVII, buscando novos rumos para a aprendizagem e a autonomia do educando.
Eram defendidas algumas idéias, nem sempre praticadas, como:
- educação sob encargo do Estado;
- obrigatoriedade e gratuidade do ensino elementar;
- nacionalismo, ou seja, recusa do universalismo jesuítico;
- ênfase nas línguas vernáculas, em substituição ao latim;
- orientação prática, voltada para as ciências, técnicas e ofícios, desprestigiando o estudo exclusivamente humanista.
Surgiram ideais de educação universal, para todos.
Em Portugal, Sebastião José de Carvalho e Melo, o marquês de Pombal, primeiro ministro de D.José I, atuou para implantar idéias iluministas, pregando a modernização do país a ser alcançada pelo progresso científico e difusão do saber dos pensadores modernos, porém mantendo o absolutismo real, que tinha sua legitimidade de poder agora embasada no direito natural e, portanto constituinte de um Estado leigo, secularizado, disposto a intervir inclusive na educação, até então exclusividade de instituições religiosas ou preceptores particulares. Após a expulsão da Companhia de Jesus, o marquês, que agiu com rigor na reforma do ensino, instituiu de forma pioneira, a educação leiga, com responsabilidade total do Estado.
Desde o Renascimento, lutava-se contra a visão de mundo feudal, aristocrática e religiosa, contra a qual se opunha a burguesia liberal e leiga. Essas mudanças exigiram transformações no âmbito da educação, considerando-se os diferentes objetivos a alcançar.
Rousseau,