filosofia e etica
O século XVIII, ou século das luzes, caracterizou-se por grande fermentação intelectual, por conta da fértil produção dos pensamentos iluministas. Na educação, fortalecia-se a tendência liberal e laica, em que se buscavam novos caminhos para a aprendizagem e a autonomia do educando.
O Iluminismo é uma das marcas importantes do século XVIII, também conhecido como o século das Luzes. Luzes significam o poder da razão humana de interpretar e reorganizar o mundo.
As ideias liberais de Locke espalharam-se pela Europa e também pelo Novo Mundo, onde ocorreram movimentos de emancipação, alguns bem-sucedidos, como a Independência dos Estados Unidos (1776),
O grande acontecimento europeu foi a Revolução Francesa (1789), que depôs o Bourbon. Contra os privilégios hereditários da nobreza, os burgueses defendiam os princípios de ‘’ igualdade, liberdade e fraternidade’’.
O otimismo com respeito à razão já era anunciado desde o Renascimento, quando a nova concepção de ser humano valorizava os poderes do indivíduo contra o teocentrismo medieval e o princípio da autoridade. A partir daí, no Século das Luzes o indivíduo se descobre confiante, como artífice do futuro, e não mais se contenta em contemplar a harmonia da natureza, mas quer conhecê-la para dominá-la.
No contexto histórico do Iluminismo, não fazia mais sentido atrelar a educação á religião, como nas escolas confessionais, nem aos interesses de uma classe, como queria a aristocracia. A escola deveria ser leiga (não religiosa) e livre (independente de privilégios de classe). Esses pressupostos sugerem a defesa de algumas ideias, nem sempre postas em práticas, como: educação ao encargo do Estado; Obrigatoriedade e gratuidade do ensino elementar; nacionalismo, isto é, recusa do universalismo jesuítico; ênfase nas línguas vernáculas, em detrimento do latim; orientação prática, voltada para as ciências, técnicas e ofícios, não mais privilegiando o estudo