Desenvolvimentismo no Governo Lula

TEMA V – RETOMADA DO ATIVISMO ESTATAL NO BRASIL
RECENTE À LUZ DO CAPITALISMO DEMOCRÁTICO

Victor Hugo Menezes
Thiago Silva

Introdução
A teoria de Public Choice mais aceita no meio acadêmico econômico utiliza como premissa para seus modelos o fato dos agentes políticos serem racionais e auto-interessados, buscando a maximização de sua própria utilidade. Como consequência desta abordagem mais dedutiva, conclui-se que a desconcentração do poder dificulta a governabilidade.
Por meio deste trabalho, se busca mostrar que ativismo estatal frente à luz do capitalismo democrático pode trazer crescimento mantendo em equilíbrio as contas públicas, utilizando como base alguns indicadores econômicos do governo FHC, Lula e Dilma.
O capitalismo democrático
A definição de capitalismo democrático a ser utilizada nesse texto é a de John Maynard
Keynes, sumarizada como uma economia pautada por princípios capitalistas, onde escolhas em contextos democráticos buscam as necessidades ou direitos sociais.
Através desta definição buscaremos discorrer os seus impactos no desenvolvimento econômico brasileiro, e as suas dificuldades encontradas.
O governo FHC
O grande foco das políticas econômicas no governo FHC era a estabilização dos preços, devido à grande inflação que se encontrava no período. Identificando como o maior causador da instabilidade de preços o desequilíbro das contas públicas, o ajuste fiscal recebeu grande atenção das políticas da época. A lei de responsabilidade fiscal, ficou conhecida por impedir que os prefeitos e governadores endividassem novamente os estados e municípios além da capacidade de pagamento.
As políticas macroeconômicas também visavam atrair investidores estrangeiros para o país, e para isso foram mantidas altas taxas de juros. Preocupados com os aumentos dos passivos das contas públicas e com a fragilidade da economia demonstrada na crise de 1998, no segundo mandato, foi estabelecido o tripé macroeconômico: o superávit