Desde os primóridos
Desde os primórdios, o homem tem por natureza o hábito de observação e análise, o que caracteriza o ato de estudar. Com o passar dos anos e a vinda do capitalismo houve uma mudança no cotidiano da sociedade, que tornou-se mais corrido, assim foi perdido o costume de desenvolver conhecimento. Portanto, o processo de estudo foi reduzido a um indivíduo sentado por horas diante de livros, decorando a matéria que lhe será cobrada a seguir.
O ato de estudar, pode ser definido como a aplicação da inteligência, é uma busca por sabedoria através do dinamismo, vai além de mentalizar conceitos prontos sem ao menos compreendê-los.
O ato de estudar consiste, então, em estabelecer morada participativa neles e com eles, dando uma direção de reconstruir o já construído, de refazer o já feito; quer dizer, transformar o material de estudo e, consequentemente, transformar a si mesmo. Desse modo, estudar é ação, ação transformadora, libertadora e construtora de uma nova realidade. (CHINAZZO, Cosme Luis. 1997, p.02. O ato de estudar. IN: JOHANN, Jorge Renato (coord.). Introdução ao método científico: conteúdo e forma do conhecimento. Canoas: ULBRA, 1997.)
Esse ato permite o desenvolvimento do intelecto aliado a uma maior e melhor percepção do mundo. Torna o indivíduo menos alienado, mais apto de raciocínio. Para Chinazzo (1997), é Freire quem esclarece o pensamento de que estudar é um trabalho dependente da prática para atingir o êxito, aliado a uma postura crítica. O estudo se dá através de uma análise detalhada e leitura aprofundada “O estudante não pode ser apenas um receptor de saberes. Deve, no ato da leitura, procurar compreender a mensagem do autor, questionar as exposições e argumentações do mesmo para poder transformar o que deve ser transformado” (p.06).
A leitura é trivial para o estudo por dar permissão a uma abertura da mente humana, faz o contato com novas palavras e ideias e cria uma facilidade de escrita