Desconstrutivismo
De uma maneira ampla, podemos falar de estruturalismo toda vez que um objeto de conhecimento é encarado como uma estrutura. Essa prática foi saudada como um passo adiante da visão mecanicista do mundo, segundo a qual esse objeto era encarado como uma máquina. Consideramos que foi a partir do século 17, com Descartes, Galileu e depois com Newton que o modelo da máquina se tornou o orientador do pensamento científico. Na física newtoniana, o universo era considerado uma grande máquina, e os astros, suas peças. Na física atômica, o átomo seria a microrrepresentação do universo, uma minúscula máquina. Na medicina e na biologia, o corpo humano e os outros organismos também seriam máquinas, os órgãos, suas peças. No âmbito da arquitetura, mais recentemente, lembremos da "máquina de morar" de Le Corbusier. O modelo da máquina foi o principal orientador do pensamento moderno, e podemos dizer que a ele devemos muito do que se conseguiu em termos de conhecimento científico. Apesar disso, esse modelo tem suas limitações, e essas apareceram com muita clareza já no século 19.
As limitações começam pela determinação de que para o estudo eficiente dos corpos materiais deve o estudioso ater-se às suas propriedades mensuráveis: dimensões, quantidades e movimento. Obviamente que muitas coisas não se explicavam segundo a visão mecanicista. Todas as vezes que se lidava com objetos de conhecimento mais difíceis de mensurar, como nas ciências sociais, psicologia etc. as limitações se tornavam claras e insuperáveis.
A visão estruturalista começa com a constatação de que o todo é mais do que a soma de suas partes. Dito em outros termos, um conjunto individualizado, seja um grupo social, a mente humana, a língua falada etc. é uma estrutura com características próprias e que em muito excede as de suas partes consideradas em particular ou mesmo em conjunto. A diferença entre a visão