Desconstrutivismo
A arquitetura desconstrutivista é uma linha de produção arquitetônica pós-moderna que começou no fim dos anos 80. Caracterizada pela fragmentação, pelo processo de desenho não linear, por um interesse pela manipulação das idéias da superfície das estruturas ou da aparência, pelas formas não-retilíneas que servem para distorcer e deslocar alguns dos princípios elementares da arquitetura. A aparência visual final dos edifícios da escola desconstrutivista caracteriza-se por um caos controlado e por uma estimulante imprevisibilidade.
A intenção do desconstrutivismo como um todo é libertar a arquitetura do que seus seguidores vêem como as "regras" constritivas do modernismo, tais como a "forma segue a função", "pureza da forma" e a "verdade dos materiais".
O principal canal da filosofia desconstrutivista à teoria arquitetônica ocorreu através da influência do filósofo Jacques Derrida sobre Peter Eisenman. Eisenman traçou algumas bases filosóficas do movimento literário da Desconstrução e colaborou diretamente com Derrida em alguns projetos, como a participação no concurso do Parc de la Villette.
A linha vertical e o plano vertical
Semelhante ao plano e linha horizontais, são estruturas básicas de nossa apreensão do mundo, ligadas à própria idéia de construir, de equilíbrio, de gravidade. A vertical e a horizontal são – dentre as manifestações sensoriais de fenômenos naturais – verificações de uma das leis mais diretamente aparentes. A horizontal e a vertical determinam dois ângulos retos, entre a infinidade de ângulos possíveis; o ângulo reto é o angle-type; o ângulo reto é um dos símbolos da perfeição.
Os arquitetos desconstrutivistas trabalham com linhas e planos inclinados, sobretudo em posição aparentemente instável, explorando as estruturas sólidas dos edifícios até o seu limite, e representam a idéia de desafio da natureza, uma idéia iluminista em sua essência, mas deslocada para representar a instabilidade, a incompletude, a imperfeição e