Desconcentração industrial
DESCONCENTRAÇÃO INDUSTRIAL: O PROCESSO, SEUS MOTIVOS E UM ESTUDO DE CASO.
Rafael de Oliveira Rodrigues Verdelho
Palavras-Chaves: Indústria, desconcentração, capital, território, comunicação
Introdução A desconcentração industrial é um fenômeno mundial, que vem ocorrendo em escala global, nacional e regional. Trata-se de um processo que tende à nova lógica da organização industrial mundial.
Se a primeira grande linha de pensamento industrial surgida no século XIX, o Fordismo, prezava pela concentração espacial de todos os processos produtivos (verticalização) além da proximidade dos estabelecimentos industriais das fontes de matéria-prima e do mercado consumidor, a nova tendência organizacional, surgida no século XX e conhecida por Toyotismo, privilegia a desconcentração espacial das diferentes etapas de produção (horizontalização) e a não necessidade da proximidade dos recursos de matéria-prima ou do mercado consumidor, caracterizando assim um novo espaço industrial. Esse espaço caracteriza-se pela capacidade organizacional e tecnológica de separar o processo produtivo em diferentes localizações ao mesmo tempo em que reintegra sua unidade por meio de conexões de telecomunicações. (CASTELLS, 2000, p.412). Essa tendência foi uma adaptação do espaço industrial às novas realidades impostas pelo capitalismo moderno, que ao gerar uma economia globalizada, cria e recria espaços qualitativamente diferentes que por sua vez acabam se tornando atrativos ou não para a instalação de diferentes indústrias ou para determinadas etapas de produção de um produto dentro de uma mesma empresa. E o que vai permitir essa movimentação de empresas pelo globo é o desenvolvimento das novas tecnologias da comunicação. Dentro dessa lógica, o presente trabalho procura fazer uma análise do fenômeno da desconcentração industrial em escala mundial, nacional e estadual, sendo essa última voltada a estudar o processo dentro do Estado de São Paulo. Para tanto