A desconcentração industrial no brasil
A desconcentração industrial entre as regiões vem determinando o crescimento de cidades-médias dotadas de boa infra-estrutura e com centros formadores de mão-de-obra qualificada, geralmente universidades. Além disso, percebe-se um movimento de indústrias tradicionais, de uso intensivo de mão-de-obra, como a de calçados e vestuários para o Nordeste, atraídas, sobretudo, pela mão-de-obra extremamente barata.
Além da desconcentração intra-regional, em que as indústrias passaram a se instalar fora da região metropolitana de São Paulo, em cidades do interior ou em outros estados da região Sudeste, ocorreu uma desconcentração no âmbito nacional. Mas esse processo não eliminou as grandes desigualdades da distribuição da produção industrial no país.
A região Sul se beneficiou com o processo de desconcentração econômica do Sudeste, por causa da sua proximidade geográfica e à densa rede de transportes e comunicações. Mais recentemente, com a criação do Mercosul, várias empresas nacionais e estrangeiras têm sido atraídas para a região.
O processo de desconcentração da indústria nacional continuou de modo intenso nos anos 2000. Sabóia apontou um deslocamento acentuado em direção ao interior das regiões Sul e Sudeste. “A indústria mudou, deixando os grandes centros sem se distanciar das regiões mais desenvolvidas”, afirmou. Em menor escala, outro movimento observado foi para o interior do Nordeste e do Centro-Oeste.
De acordo com o Sabóia, São Paulo sofreu o esvaziamento industrial mais acentuado das regiões metropolitanas. Logo atrás vêm Rio de Janeiro, Bahia e Porto Alegre, que também apresentaram quedas. A região Sul, entretanto, foi a mais beneficiada. “Houve destaque nas mesorregiões do Sul, principalmente em Santa Catarina”, explicou Sabóia.
Aglomerações excessivamente grandes, problemas ambientais, maior organização dos trabalhadores e salários mais elevados podem ter influenciado negativamente novos