Guerra fiscal e desconcentração industrial

A INDÚSTRIA NO BRASIL
Guerra Fiscal e relativa desconcentração industrial

A guerra fiscal é a competição entre estados e municípios do Brasil para a instalação de empresas e fábricas em busca de investimentos privados. Esse fenômeno marcou a economia brasileira na década de 90. Para atrair essas empresas alguns municípios e estados oferecem benefícios fiscais como a isenção de impostos, terreno, infraestrutura e mão de obra acessível. Tais benefícios atraem agentes privados que buscam o menor custo de produção e maior lucro. Além dos benefícios citados, são oferecidos outros como créditos de ICMS e empréstimos em longo prazo. Exemplo marcante da Guerra fiscal foi o setor automobilístico. O estado de São Paulo aera o mais requisitado pelas indústrias, até que com o advento da guerra fiscal essas indústrias passaram a se instalar fora de São Paulo.
Podemos citar um exemplo muito conhecido que é o da montadora Ford, que após uma acirrada disputa entre os estados da Bahia e do Rio Grande do Sul, para ver quem oferecia maiores vantagens fiscais, a empresa decidiu se instalar na Bahia.
Outros exemplos foram a Renault e a Volkswagen-Audi que preferiram o estado do Paraná. A General Motors estabeleceu uma unidade produtiva em Gravataí (RS), já a Nissan e a Hyundai optaram pelo estado de Goiás. A Fiat escolheu Minas Gerais já na década de 70. Para instalar uma fábrica de caminhões a Volkswagen preferiu Resende (RJ). A Mercedes-Benz escolheu Juiz de Fora (MG). As empresas automobilísticas que se instalaram no estado de São Paulo, não o fizeram na região metropolitana mas na região de Caminas: A Toyota instalou-se em Indaiatuba e a Honda em Sumaré. O processo de desconcentração industrial também atingiu outros setores industriais além do automobilístico, mas poucos foram os casos em que o fenômeno ultrapassou as fronteiras dos estados das regiões Sul e Sudeste brasileira. O que nos leva a concluir que ocorreu uma desconcentração, mas uma “desconcentração