descartes - primeira meditação

775 palavras 4 páginas
Descartes se deu conta de que tudo o que havia aprendido a partir de sua infância lhe causava incertezas, ou seja, não era seguro. Então, Descartes livrou-se de todas as opiniões e conhecimentos que tinha, dando o que foi chamado de “Passo Cético de Descartes”. Passo esse, no qual, Descartes esperou atingir uma idade madura para realizá-lo. Se sentindo livre, descansado e tranquilo, Descartes começou a sua primeira meditação. Mesmo alheio de todas as suas opiniões, viu que não haveria necessidade de mostrar, inicialmente, que todas eram falsas. Tudo o que Descartes julgou como verdadeiro e certo, até aquele momento, foi aprendido através dos sentidos (tato, olfato, paladar, audição e visão) ou por ajuda deles. Porém, percebeu que esses sentidos eram mentirosos, e que não deveria confiar no que já o enganou uma vez. O filósofo desenvolve uma dúvida relacionada com os sentidos, a dúvida dos sonhos. Descartes, que se considera homem, e sendo assim, tem sonhos parecidos com a realidade, levanta a questão de sonhar que está em um determinado lugar, fazendo uma determinada atividade, enquanto simplesmente estava dormindo em sua cama. Porém Descartes nota que não é dormindo que ele olha a movimentação de seus membros, ressaltando que no sono isso não é tão evidente assim. Mas o filósofo se lembra que já foi traído por situações parecidas entre a vigília e o sono. Então, conclui que não há grande diferença de pensamento quando estamos acordados ou dormindo. Todavia, Descartes presume que todas as suas observações são apresentadas como fantasias. E assim, os sonhos são semelhantes a realidade e a verdade. O filósofo usa como exemplo os pintores, e diz que os mesmo nunca deixam de pintar algo que seja do mundo real. E, se por algum motivo pintarem que não pertença a realidade, seu quadro será considerado falso. Da mesma forma, mesmo que as coisas gerais como nosso próprio corpo possam ser imaginárias, existem coisas mais simples que também existem, Descartes

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