Chico Rei
Chico Rei inicialmente se chamava Galanga e era rei de uma tribo no Reino do Congo, situado na África, além de ser também um guerreiro e sacerdote do rei Zambi-Apungo. No século XVIII, mais precisamente na década de 1740, Galanga e seus súditos foram capturados por portugueses traficantes de escravos e foram levados para o Brasil no navio negreiro “Madalena”, porém as condições de vida nesses tipos de navio não chegavam nem perto de serem boas, o que resultou na morte de diversos escravos durante esse longo trajeto, inclusive de grande parte da família de Chico, restando apenas ele e um de seus filhos. Sua mulher, a rainha Djalô e sua filha, a princesa Itulo foram jogadas do navio durante o caminho, pois o navio estava muito pesado e elas serviriam como uma oferenda para acalmar os deuses, pois uma tempestade começava a afundar o navio. Quando chegaram ao Brasil, Galango recebeu o nome português Francisco e toda a sua tribo foi vendida ao Major Augusto. Francisco e seu filho trabalhavam na mina para conseguirem comprar suas cartas de alforria, diz-se que Chico escondia ouro em pó nos cabelos (nessa época já existiam as casas de fundição, que não permitiam a circulação de ouro em pó) e os lavava na pia batismal, onde era acobertado pelos religiosos. Com o tempo de trabalho árduo, Chico conseguiu comprar a sua carta de Alforria e a do filho e continuou trabalhando na mina da Encardideira. Após mais algum tempo, Major Augusto, no fim de sua vida, vendeu sua mina a Francisco, acreditava-se que essa mina não prosperava mais, que não havia mais ouro ali e por isso ninguém queria comprá-la, porém dentro dessa mesma mina, Chico teve um sonho com santa Ifigênia, que lhe dizia que ainda havia ouro naquela mina e que ela lhe traria prosperidade e isso fez com que Chico não desistisse. Depois de um tempo trabalhando na procura de ouro na mina, Chico o encontrou e teve a possibilidade de comprar a alforria de seus súditos e de outros