O congado
Na sofrida viagem, Francisco perdera a mulher e os seus filhos, sobrevivendo apenas um. Chico-Rei instalou-se em Vila-Rica, trabalhou nas minas e somando o trabalho de domingos e dias santos, conseguiu realizar a economia necessária para comprar a sua alforria e a do filho. Chico-Rei dançou na igreja para comemorar a alforria.
Posteriormente, obteve a alforria de seus súditos de nação e adquiriram a mina da Escandideira. Casou-se com uma nova rainha e o prestígio do “rei preto” foi crescendo.
Organizaram a irmandade do Rosário e Santa Efigênia e construíram a igreja do alto da santa cruz. Por ocasião da festa dos Reis Magos, em janeiro, e na de Nossa Senhora do Rosário, em outubro, havia grandes solenidades generalizadas com o nome de “Reisados”.
Nestas solenidades, Chico-Rei coroado, antes da missa cantada, aparece com a rainha e a corte, vestido de ricos trajes; e seguidos por dançarinos e músicos.
Os batedores, na festa, seguem com caxambus, pandeiro marimbas, canzás em intensas ladainhas.
O congado também é conhecido como “congada” ou “congo”, um festejo popular religioso afro-brasileiro mesclado com elementos religiosos católicos, com um tipo de dança dramática na coroação do rei do Congo, em cortejo com passos e cantos, onde a música é o “fundo musical” da celebração.
É um movimento cultural sincrético, um ritual que envolve danças, cantos, levantamentos de mastros, coroações e cavalgadas, expressos na festa do Rosário plenamente no mês de outubro. São utilizados instrumentos musicais como cuíca, caixa, pandeiro e reco-reco, os congadeiros vão atrás da cavalgada que segue com uma bandeira de Nossa Senhora do Rosário.
Na antiga capela de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, inaugurada