Fichamento René Descartes: A primeira Meditação Metafísica
"A dúvida como método foi usada por muitos filósofos. Até se disse que é o método filosófico por excelência, enquanto a filosofia consiste em pôr a claro todo o género de supostos, o que não se pode fazer sem os submeter à dúvida. Contudo, só em alguns casos se adoptou explicitamente a dúvida como método. Descartes: no primeiro, na proposição “se erro existo”, pela qual aparece como indubitável a existência do sujeito que erra. O segundo, na proposição “cogito, ergo sum”, pela qual fica assegurada a existência do eu que duvida. Nestes exemplos, pode dizer-se que a dúvida é um ponto de partida, já que a evidência (do eu) surge do próprio acto de duvidar, da redução do pensamento da dúvida ao facto fundamental e aparentemente inegável de que alguém pensa ao duvidar."
FERRATER MORA, J. Dicionário de Filosofia. Lisboa. Publicações Dom Quixote, 1978.
1. Ponto Zero - Descartes acreditava que para estabelecer algo firme e constante nas ciências, era necessário desfazer-se de todas as opiniões e crenças e começar tudo de novo, desde os fundamentos. Ou seja, a ideia era fazer uma regressão até o ponto zero, para sistematicamente ir estruturando os princípios de uma nova ciência, com uma base certa. 2. Dúvida hiperbólica ou sistemática - Para chegar ao ponto zero, utiliza a dúvida hiperbólica: Tudo o que for provável será colocado em dúvida e tudo o que for duvidoso, será dado como falso (Essa é uma forma de delimitar o escopo por meio de um método mais prático). Nessa questão, ele vai abordar principalmente três teorias: A dúvida dos sentidos, a dúvida dos sonhos e o Deus enganador.
3. Dúvida dos sentidos - Descartes dirá que os sentidos não são confiáveis, já que teve a experiência de ser enganado pelos mesmos. Logo, irá descartar todos os conhecimentos que provém através das sensações.
4. Dúvida dos sonhos - René também põe em dúvida todas as sensações internas, já que também já foi enganado por