des caminhos do meio ambiente cap, IV,V E VI
Para a sociedade a cultura é tomada como algo superior e que conseguiu controlar e dominar a natureza, porem, dominar a natureza é dominar a inconstância, o imprevisível . O Estado, a lei e a ordem são tomados como necessário para evitar o caos, ou seja a “lei da selva” onde todos lutam por sobrevivência.
Se olharmos para os diversos Estados constituídos com suas leis e ordens notamos o quadro de fome, opressões , violências de todos os tipos que eles mesmos instituíram na civilização para constatarmos a inconsistência deste tipo de abordagem , com isso encontramos um conceito de natureza que justifica a existência do Estado.
No ocidente, já houve época em que o modo de pensar a natureza foi radicalmente diferente do que tem denominado nas épocas moderna e contemporânea, apesar que na Idade Media encontra-se essa mesma visão oposta entre homem e natureza. Na época pré-socrática os filósofos desenvolveram um conceito de natureza bastante diferente daquele que vai começar a se impor principalmente após Sócrates , Platão e Aristóteles.
Segundo ao Filosofo Gerd Bornheim, “a ideia de que deus pertence em algum sentido à physis é característica de todo o pensamento pré-socrático e continua viva mesmo em Demócrito (...) a physis pertence, portanto, um principio inteligente, que é reconhecido através de suas manifestações.”
Para os gregos a physis é a aurora, o crescimento das plantas, o crescimento dos animais e homens.
A nossa compreensão do conceito de natureza é muito mais estreita e pobre que a grega, o perigo consiste em julgar a physis como se os pré-socráticos a compreendessem a partir daquilo que nós hoje entendemos por natureza, neste sentido, se comprometeria o primeiro pensamento grego com uma espécie de naturalismo. Á physis pertencem o céu e a terra, a pedra, a planta,