Dependência Química. A dependência química é um transtorno crônico caracterizado por três elementos principais: compulsão para busca e obtenção da droga, perda do controle em limitar esse consumo e emergência de estados emocionais negativos, como ansiedade e irritabilidade, quando o acesso a essa droga é impossibilitado. Nos últimos anos, acentuou-se no meio cientifico o debate sobre a adição ser uma doença cerebral e, cada vez mais, as evidencias apontam que os fatores neurobiológicos são preponderantes para o desencadeamento e manutenção dos sintomas associados a ela como mudanças no sistema nervoso central. O vicio é causado pela sensação de prazer causada pela droga, esta age em uma mesma via de circuitos neuronais, de importância vital para o chamado sistema de recompensa cerebral. Quando uma droga é administrada repetidamente e não provoca mais o mesmo efeito ou ocorre um aumento da dose, observa-se a chamada tolerância. Certas substancias podem desencadear um estimulo inverso, ocasionando um aumento de resposta após repetidas administrações. Esse processo também chamado sensibilização ativa a função dopaminérgica e representa um dos mecanismos de neuroadaptação que ocorre na dependência química. Ainda não se conhecem exatamente os mecanismos que levam à sensibilização, sabe-se apenas que a tolerância e a sensibilização estão relacionadas, pelo menos em parte, com a forma como a droga é usada (intervalo de doses e via de uso). Também há pesquisas que relacionam o uso e efeito das drogas com a genética e o ambiente em que a pessoa vive. A Organização Mundial de Saúde definiu a fissura como um desejo de experimentar os efeitos de uma substancia psicoativa previamente utilizada. É como um desejo urgente e quase incontrolável que altera o humor do usuário da droga e provocando sensações físicas e modificação do seu comportamento. As drogas de abuso atuam direta ou indiretamente nas vias dopaminérgicas do sistema de recompensa cerebral. As