Dependência química
Transtornos relacionados a dependência ou ao abuso de substâncias usualmente geram graves complicações e prejuízos, tanto nos contextos pessoais, sociais, profissionais e na saúde do individuo em geral. Dessa forma, a maioria dos tratamentos para o consumo de drogas ou alcoolismo apresentam prognósticos pouco favoráveis. (RANGE; MARLATT, 2008)
Para lidar com esse problema tão grave, segundo Silva e Serra, há uma longa tradição em usar terapias com bases na abordagem cognitivo-comportamental, graças a sua comprovada eficácia no tratamento de transtornos de ligados ao uso de substancias. A abordagem Cognitivo-Comportamental utiliza teorias e técnicas da Teoria Cognitiva e da Teoria Comportamental.
De acordo com a abordagem cognitiva, dependência química é o resultado da interação entre cognições (crenças, ideias, esquemas, valores...), comportamento, relacionamentos (familiares e sociais), influências culturais, além de processos tanto biológicos quanto fisiológicos. Ela tem como objeto reestruturar ideias, crenças e outras cognições disfuncionais, disponibilizando ao paciente flexibilidade para que ele consiga criar suas estratégias para combater situações de risco.
Já a abordagem comportamental foca em modificar o estado motivacional do paciente e explorar comportamentos que se relacionam ao uso de drogas. Segundo essa abordagem, por exemplo, a aprendizagem do comportamento de ingerir bebidas alcoólicas é o resultado “de influências sociais, familiares e de pares que modelam comportamentos, crenças e expectativas referentes ao álcool.” (RANGE; MARLATT)
Teorias e técnicas comportamentais aplicadas à dependência química
A teoria comportamental dispõe de diversas técnicas e ainda pode ser combinada com outras modalidades de tratamento, como a Entrevista Motivacional. Ela se concentra em estratégia para modificação e melhora do estado motivacional e explora comportamentos associados ao uso de drogas, com vistas a mudar o estilo de vida e