Dengue mata
Os especialistas sempre acreditam que há ainda muita coisa a ser esclarecida. Questões como o motivo das mortes, a realização de hemogramas e a hidratação, ainda não foram totalmente explicadas. As pessoas mais sadias ou com “competência imunológica tendem a ter reações mais fortes à dengue, quando contaminadas pela segunda vez, independente do tipo de vírus. Esses pacientes têm risco maior de desenvolver o tipo mais grave, ou a dengue hemorrágica.
O fenômeno da reação de hipersensibilidade tóxico-alérgica da síndrome da dengue hemorrágica, a partir da segunda infecção sequencial, se dá quando o novo anticorpo surgido após a viremia (presença do vírus no sangue) e a febre reage com outros anticorpos, resultantes de infecções anteriores.
Toda essa situação promove a permeabilidade vascular, desencadeando, em 24 horas, o choque hipovolêmico (queda da pressão arterial, pele fria, tonteira, diminuição das plaquetas e elevação do número de hematócritos).
Isso ocorre em cerca de 30% dos pacientes no 5º dia da doença pelo vírus 1 ou 4, complicando o quadro clínico se o paciente não for hidratado desde o início.
Em 99% dos pacientes têm febre durante a dengue e os outros sintomas aparecem em menos proporções, por isso deve ser o sintoma mais valorizado. Cada pessoa reage de uma forma e também pode não desenvolver todos os sintomas.
Por isso afirmo que não se deve dar alta logo após a febre ceder, deve-se esperar 72 horas. Essa diminuição da febre é uma falsa melhora e o quadro pode ser agravado.
Os pacientes que apresentem qualquer um dos sintomas da dengue, principalmente febre, que procurem imediatamente um médico e solicitem um hemograma. No quarto dia, a contagem deve ser repetida. Se a pessoa estiver com o número de plaquetas abaixo de 50 mil, esse acompanhamento deve ser diário.
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