Democracia grega
Uma democracia direta é qualquer forma de organização na qual todos os cidadãos podem participar diretamente no processo de tomada de decisões. As primeiras democracias da antiguidade foram democracias diretas. O exemplo mais marcante das primeiras democracias diretas é a de Atenas (e de outras cidades gregas), nas quais o Povo se reunia nas praças e ali tomava decisões políticas. Na Grécia antiga o "Povo" era composto por pessoas com título de cidadão ateniense. Porém, mulheres, escravos e mestiços não tinham direito a esse título, exclusivo para homens que fossem filhos e netos de atenienses. No mundo atual o sistema que mais se aproxima dos ideais da democracia direta é a democracia semidireta da Suíça.
Democracia direta é aquela na qual os cidadãos decidem tudo que lhes afeta. Por exemplo, decidem com quem a cidade deve entrar em guerra.
Democracia indireta é aquela em que o povo elege alguns representantes e são esses representantes (e não diretamente o povo) que vão fazer a política.
A democracia direta é inviável em uma sociedade grande como a nossa: imagine plebiscito para cada pequena decisão governamental! Mas na Grécia Antiga, com menos eleitores, era possível a democracia ser direta.
Sob estes aspectos em que se distingue das atuais democracias? A democracia grega (chamada pelos teóricos de democracia dos antigos) era caracterizada pelo fato de os cidadãos (escravos, por exemplo, não eram cidadãos) decidirem de forma direta uma questão.
O povo se reunia na "ágora" (praça pública principal) e por votação direta resolvia os problemas da "polis" (cidade). É por causa desta forma de decidir na "ágora" (praça pública) que as cidades ocidentais valorizam tanto as praças como centro da vida pública de uma cidade. Não é à-toa, por exemplo, que os fóruns são, na sua imensa maioria, nas praças principais das cidades.
Perceba que a democracia não era representativa (através de