Crianças abandonadas
O crescente número de crianças e adolescentes abandonados e vivendo em situação de risco social retrata uma triste realidade em nossa sociedade nos dias atuais e será o tema abordado neste trabalho. Esses seres humanos que observamos no nosso dia-dia, ocupando das calçadas, os sinais de trânsito, as praças das cidades, excluídos do resto da sociedade, nascem como qualquer outra criança; deveriam ter a oportunidade de viver dignamente como qualquer cidadão e no entanto estão a mercê de sua própria sorte, sendo tratados pura e simplismente como sujeito, que remete à idéia de alguém que está à disposição, aberto a qualquer propósito de vida, o que faz com que os demais o percebam como um ser inferior que deve aceitar a sua condição sem nenhum questionamento. O abandono de crianças e adolescentes no Brasil é um problema antigo que vem tomando proporções alarmantes. Vários debates vêm acontecendo acerca deste problema, principalmente nos últimos anos quando discussões e ações sobre essa questão despertou maior interesse por parte do governo e também da sociedade resultando na elaboração e aprovação do ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente. Por isso é necessário compreender os elementos sociais e políticos envolvidos no processo de abandono de crianças no Brasil, quais as circustâncias que levam muitas destas crinças a abandonarem a família e optar por viver nas ruas. É preciso analisar criticamente as ações que estão sendo praticadas, bem como sua efetividade, visto que, a realidade que estamos vivenciando é inversamente proporcional ao que se podia esperar de uma lei prontamente elaborada para ser não somente eficiente, mas eficaz.
DESENVOLVIMENTO
No início do século XX, muitas famílias brasileiras migraram da zona rural para as cidades para trabalhar nas indústrias em busca de melhores condições de vida econômica e social. Por causa