democracia Ateniense

Considerando o texto de Norberto Guarinello, não devemos abordar as experiências de democracia e cidadania do mundo contemporâneo como sendo uma continuidade das experiências vividas na Antiguidade Clássica. Apesar de a herança greco-romana ter influenciado muito do que hoje entendemos por cidadania e democracia, ela deve ser compreendida como um Fato histórico assim como a influencia dos ideais iluministas do século XVIII dentro do processo histórico da democracia atual. O ideal democrático vivido na Antiguidade clássica respondia as necessidades administrativas para gerir a sua civilização. Ou seja, os conceitos de participação social, pertencimento e direitos tinham um sentido diferente do sentido Contemporâneo que atende as necessidades do seu tempo, da sua civilização.
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Sob o aspecto de cidadania e participação podemos dizer que:
A experiência de democracia em Atenas era Direta e participativa, os cidadãos decidiam diretamente nas assembleias questões simples, de guerra, impostos e festivais culturais e religiosos de um Estado composto por pequenas cidades. A ideia de cidadania refletia ainda os valores aristocráticos e patriarcais, excluindo assim uma boa parte da população, os escravos, as mulheres, estrangeiros e menores de idade. Já a experiência contemporânea influenciada pela Revolução Francesa e pelo Iluminismo no século XVIII, entendeu que o direito ao voto não deve sofrer restrições que impeçam a pratica da cidadania (participação politica) de qualquer pessoa. Na complexidade dos grandes Estados a Democracia se dá de forma Representativa, elegemos por maioria de voto os representantes que vão decidir as grandes questões. Porém o que vemos é uma contradição da ideia de Democracia como sendo “O Governo do povo”, pois a representação separa a vida cotidiana da politica; causa nos eleitores uma “acomodação” em relação aos seus deveres e necessidade de participação da vida politica, cria se no cidadão a ideia de que existe um grupo com capacidades