Delirium no idoso
I – DEFINIÇÃO
Síndrome cerebral orgânica sem etiologia específica. Pode constituir-se como a única ou principal forma de apresentação de doença física potencialmente grave, e os pacientes podem cursar com pior prognóstico tanto na vigência da internação como após a alta hospitalar.
II – PREVALÊNCIA
▪ Prevalência de 1,0% em idosos na comunidade. ▪ Prevalência de 40% em idosos admitidos em unidades de emergência. ▪ Prevalência de 2 – 60% em idosos durante o pós-operatório ▪ Estima-se que 36 – 67% dos casos não são feitos o diagnóstico correto de delirium.
III – QUADRO CLÍNICO
▪ Início agudo, com sintomas precoces predominando no período noturno. Porém no idoso o início pode ser insidioso, precedido de alguns dias por manifestações prodrômicas como diminuição da concentração, irritabilidade, insônia, pesadelos ou alucinação transitória.Caracterizam-se por apresentar distúrbios da cognição, atenção e consciência, ciclo sono-vigília e comportamento psicomotor. ▪ Distúrbio de atenção: característica fundamental, não se consegue manter o fluxo de diálogo com o paciente ▪ Característica marcante é a flutuação dos sintomas. ▪ Disfunção global da cognição é uma manifestação essencial: o prejuízo do pensamento encontra-se invariavelmente presente, tornando-se vago e fragmentado, lento ou acelerado. A memória está comprometida, diretamente associada ao prejuízo da atenção e nível de consciência. ▪ Consciência: pode estar reduzido ou aumentado o estado de alerta ▪ Comportamento psicomotor: estado de hiperatividade ou hipoatividade ▪ A forma hiperativa é mais fácil de ser reconhecida, sendo usualmente associada à intoxicação ou abstinência de medicamentos ou álcool. A forma hipoativa tem seu reconhecimento mais difícil e é mais comumente associada a distúrbios metabólicos ou processos infecciosos. ▪ Anormalidades da senso-percepção manifestam-se mais comumente através de ilusões e