Definição do panoptismo
Para entendermos panoptismo, devemos primeiramente entender o contexto em que Michel Foucault utilizou esse conceito. No final do século dezoito e inicio do dezenove, a sociedade moderna estava sendo estudada por meio de diferentes concepções.
Michel Foucault evidenciou os aspectos de uma sociedade panóptica, que seria uma sociedade controlada, vigiada e disciplinada. Ela estaria inserida no contexto de controle total por meio da “visão total” (pan = total + óptico = visão).
Nesse contexto ainda, segundo Foucault, a sociedade necessitaria de uma vigilância constante, pois as regras não são impostas naturalmente, ou seja, os homens não se enquadram nessas regras por instinto e sim, devem ter alguém, ou algo os vigiando.
Essas regras seriam necessárias para “formatar” os indivíduos, fazendo com que eles “operem” do jeito que o sistema necessita. Sendo assim, todos os homens deveriam ser controlados e vigiados, e não apenas os de classes inferiores.
Michel Foucault teve como referência J. Bentham, que desenhou um projeto de uma prisão panóptica. Ela seria um local com vários andares e uma torre no meio para que dela fosse possível vigiar todas as pessoas. Esse tipo de estrutura poderia ser aplicado não somente a prisões, como também a manicômios, escolas e fábricas, por exemplo.
Nesse local, o vigiado seria observado, mas não poderia observar o vigilante. Isso faria com que o vigiado estivesse naquela situação vigilância constante proposta por Foucault. Isso acontece, pois o vigiado não saberia quando e se está sendo observado.
Esses locais, para Michel Foucault, seriam chamados de “instituições de seqüestro”, pois elas têm o poder de modelar o indivíduo como eles deveriam ser, segundo a necessidade da sociedade