Deficientes
TESE: incipiente no século XXI
Deficiente físico compra ingresso para Copa mas não pode ver jogo
Com ingressos em mãos, Romeu Dutra Filho não poderá ver o jogo pois as entradas para acompanhantes se esgotara
A falta de conhecimento da sociedade, em geral, faz com que a deficiência seja considerada uma doença crônica, um peso ou um problema. O estigma da deficiência é grave, transformando as pessoas cegas, surdas e com deficiências mentais ou físicas em seres incapazes, indefesos, sem direitos, sempre deixados para o segundo lugar na ordem das coisas. É necessário muito esforço para superar este estigma.
Silva3 aponta a questão da 'marginalização' da pessoa com deficiência ao referir-se aos Chiricoa, povo que habitava a mata colombiana e que se mudava freqüentemente de acordo com as exigências de sobrevivência do grupo. A cada mudança era permitido aos membros do grupo que levassem consigo apenas o que era estritamente necessário. Assim, as pessoas com deficiência ou muito velhas e doentes eram abandonadas nos antigos sítios de morada da tribo.
Na Grécia Antiga havia uma super valorização do corpo belo e forte, pois favorecia a luta nas guerras. Assim, crianças mal formadas ou doentes eram abandonadas à própria sorte para morrer. No entanto, Schewinsky6 ressalta que "aquele que não correspondesse a esse ideal era marginalizado e até mesmo eliminado, entretanto guerreiros mutilados em batalhas eram protegidos pelo Estado", o que demonstrava uma atitude social reparadora.
Esta referência nos mostra que na Grécia Antiga havia outro tipo de atitude frente às deficiências advindas das lutas corporais nas guerras: a assistencialista e protecionista. Tal fato expressa a não linearidade das diferentes posturas no percurso histórico da pessoa com deficiência. Esta coexistência de diversas posturas frente à pessoa com deficiência no mesmo contexto histórico, não pode deixar de ser notada, afinal, ainda é encontrada nos