Defesas Maníacas
Os mecanismos de defesas utilizados na fase esquizo-paranóide voltam a atuar de forma mais organizada na posição depressiva com as defesas maníacas. Assim, percebemos o os mecanismos de divisão (splitting), idealização, identificação projetiva, negação, etc; contra a experiência de ansiedade depressiva e culpa.
A posição depressiva trás a experiência de dependência do objeto, sendo as defesas maníacas a forma de organização possível que a criança encontra para lidar diante do sentimento de dependência do objeto, os quais serão negados ou invertidos.
“O bebê descobre sua dependência de sua mãe, seu sentido de valoriza-la e , juntamente com essa dependência, descobre sua ambivalência e experimenta intensos sentimentos de medo de perda, luto, anseio e culpa em relação com esse objeto, externo e interno”( Hanna Segal, Introdução a obra de Melanie Klein p. 96)
As defesas maníacas são uma tentativa da criança em superar os sofrimentos advindos do medo da perda, luto, ansiedade e culpa diante da descoberta da ambivalência e dependência da mãe.
“(...) A negação da realidade psíquica pode ser mantida pelo redespertar e pelo esforço da onipotência e, principalmente, do controle onipotente do objeto”. ( Hanna Segal, Introdução a obra de Melanie Klein p. 96)
O controle compele ao objeto controlado o preenchimento de uma necessidade de dependência, como fora de não reconhecer a dependência intrínseca a relação com o objeto.
O triunfo também é um sentimento presente nas defesas maníacas no momento em que está atrelado a onipotência, justamente porque a criança nega os sentimentos depressivos de valorizar o objeto e se importar com ele.
O objeto que foi desprezado rejeita a culpa, sendo alvo de um novo ataque posteriormente. Aí se encontra um não reconhecimento do valor que tal objeto tem para a criança, agindo como defesa contra a experiência de perda e culpa.
“A relação maníaca com objetos é caracterizada por