Melanie Klein
Introdução
O complexo de Édipo e o Superego estão bastante evidentes numa idade mais remota do que se presumia.
A posição esquizo-paranóide e a posição depressiva são fases do desenvolvimento que podem ser consideradas como subdivisões da fase oral. Os primeiros três a quatro meses de vida corresponderiam a posição esquizo-paranóide, e a segunda metade do primeiro ano, a posição depressiva.
Posição Esquizo-Paranóide
Caracteriza-se pelo fato de as crianças não tomarem conhecimento das “pessoas inteiras”, elas se relacionam com objetos parciais. Há também a prevalência dos processos de divisão (splitting) e de ansiedade paranoide.
Posição Depressiva
É marcada pelo reconhecimento da mãe como objeto total, caracteriza-se pelo relacionamento com objetos totais e pela prevalência da integração, ambivalência, ansiedade depressiva e culpa.
“Posição” implica em uma configuração específica de relações de objeto, ansiedades e defesas, que persistem durante toda a vida.
A posição depressiva nunca supera completamente a posição esquizo-paranóide. A integração alcançada nunca é completa, além disso, as defesas contra o conflito depressivo provocam uma regressão aos fenômenos esquizo-paranóides, de modo que o indivíduo pode estar sempre oscilando entre as duas posições.
À medida que têm prosseguimento os processos de integração, iniciados na posição depressiva, a ansiedade diminui, e a reparação, a sublimação e a criatividade tendem a substituir os mecanismos de defesa, tanto psicóticos, quanto neuróticos.
Capítulo 1 – A obra inicial de Melanie Klein
O conceito de “posição” não entra em conflito com o conceito de ego, superego e id, mas tem como teor definir a estrutura real do superego e do ego, bem como o caráter de seus relacionamentos nos termos das posições esquizo-paranóide e depressiva.
A ferramenta usada por Melanie Klein para analisar crianças foi a técnica de brincar. O brincar poderia representar suas ansiedades e fantasias.
Como não se podia