Debate historiográfico romanização
É importante ainda frisar que Império e imperialismo possuem valores semânticos distintos uma vez império é um Estado e imperialismo é uma ação política ou econômica de expansão ou dominação de um Estado sobre outros, tal afirmação foi feita por Guarinello que confirmava também que a maioria dos impérios se dava por uma forma de imperialismo (GUARINELLO, 2006: 14).
Antes tido como um império homogêneo, pela historiografia colonial, ou seja, um império único culturalmente; O império romano vem passando por uma nova leitura historiográfica. Segundo Regina Maria Bustamante, com o surgimento dos movimentos de independência afro-asiático a historiografia ganhou um caráter “pós-colonial”, que resgatou a pluralidade e o dinamismo dos elementos nativos (BUSTAMANTE, 2006:110). Guarinello corrobora com a autora e complementa afirmando que “o processo de romanização nunca teve a profundidade e extensão que a ele é atribuída” (GUARINELLO, 2006:15).
Segundo Le Roux existe duas alternativas frente à romanização a resistência e a integração (ROUX, 2009:103). Regina Maria Bustamante concorda com a posição de Le Roux ao afirmar que o papel das populações nativas foi relegado, assim, á recepção passiva dos “frutos da civilização” ou á anarquia bárbara (BUSTAMANTE, 2006:).
A atual historiografia sobre Roma nos mostra como era diversificado o império.