Debate historiográfico - romanização e imperialismo - roma
Começaremos analisando a questão da romanização por ela terminar levando a consideração de imperialismo. Segundo Regina Bustamante, em seu texto “Práticas culturais no império romano”, a corrente historiográfica colonial tinha a “romanização” baseada numa oposição binária: nativos/“bárbaros”/passivos versus romanos/“civilizados”/ativos e se caracterizou por ser um processo de transmissão pelo qual o “não-civilizado” alcançava a “civilização”. Se utilizarmos o livro “Império romano”, de Patrick Le Roix, que nos informa sobre a má aceitação do termo em debate e designa o conceito do mesmo como um “conjunto de procedimentos não-exclusivos, induzidos pela dominação romana sobre as provincias” sendo caracterizados por áreas diversas sendo a fase imperial o momento mais intenso. Apesar dessa intensidade, Norberto Guarinello nos informa que a maneira como o estado se relacionava com a sociedade não pode ser vista da forma como a encaramos hoje(O império romano e nós; 13). Pode se perceber portanto que a “romanização” foi um evento exclusivo na história.
Temos a “romanização” como um evento único e sem derivações. O que levou este evento a sua singularidade, além da deficiência estrutural de grande parte das sociedades dominadas, foi a maneira, o respeito, com que tratou a cultura das terras confederadas ou conquistadas. “(...) o império romano não circunscrevia uma organização social homogênea, mas agrupava ‘sociedades’ completamente distintas.”(GUARINELLO; 2006, PG 14). Conquistou terras graças a seu poderio militar, mas procurou perpetuar este domínio através das leis, a pax