debate entre a crítica marxista e os regimes democráticos liberais
O debate sobre democracia entre marxistas e liberais é amplo e extenso, percorreu todo o século XX (principalmente depois da vitória da Revolução Russa 1917-1921) e neste alvorecer do século XXI os resquícios desse debate permanece.
Mas nesse contexto, não cabe analisar o todo o debate. Mas vamos partir de dois autores, Marx e Schumpeter.
Karl Marx em sua análise sobre estado, remota o inicia de sua formação como intelectual, os anos de 1843-44. Nesse período o filósofo de Trier escreveu dois textos significativos: Para a questão Judaica e Glosas Críticas.
O ensaio Para a questão judaica problematiza Emancipação Política e Emancipação Humana. A emancipação política Marx evidencia que foi um grande progresso histórico social, mas possui limites, pois o mundo permanece desigual e devemos almejar a emacipação humana.
O texto Glosas Críticas, Marx crítica à universalidade do Estado. Ou seja, A universalidade abstrata do estado é apenas o reflexo de um mundo cindido e desigual. E que a universalidade é apenas a particularidade de uma classe posto para todos.
Mas sua concepção política vai ser divulgada em um ensaio que Marx escreveu com Engels em 1848. Um dos textos políticos mais divulgados da contemporaneidade: O Manifesto Comunista.
Nesse texto ele expõe sua concepção de história e sociedade, afirmando nas primeiras linhas que a história até o presente é marcado pela luta de classes. Porém, hoje possui dois antagonismos: Burgueses e Proletariado.
O estado moderno é um aparelho de dominação e que gerencia os negócios da burguesia. E que o proletariado deve se organizar como classe dominante e tomar o poder político para si.
A crítica pelo viés liberal mais acabada será na figura do economista tcheco Joseph Schumpeter.
Schumpeter em sua análise influenciada pela teoria de Max Weber e por uma corrente de opinião, chamada elitismo, vai afirmar que a prática democrática deveria ser reduzida a um método de escolha, pelo povo, daquele grupo no