Debate da passagem do feudalismo para o capitalismo
Para Sweezy essa definição é falha, pois não identifica o Feudalismo como um Sistema de Produção, é segundo ele, uma má leitura de Marx, o termo servidão não pode ser considerado, portanto, congruente com Feudalismo, pois “alguma forma de servidão pode existir em sistemas que nada tem de feudal; e mesmo como relação dominante de produção, a servidão tem estado associada com diferentes formas de organização econômica em diferentes épocas e em diferentes regiões” (p.33). Citando Engels e Marx ele refutará a tese de Dobb, e dirá que “o que Dobb está definindo não é em verdade um sistema social, mas uma família de sistemas sociais, todos baseados na servidão” (p. 33), não obstante, segundo Sweezy é preciso identificar qual membro da família Dobb está estudando. Este está bem claro e é o Feudalismo na Europa Ocidental, mas especificamente a região à qual se delimita hoje à Inglaterra.
Maurice Dobb em sua Réplica, rejeitará essa teoria. A definição por servidão pode não ser “apenas a prestação de serviços compulsórios mas a exploração do produtor mediante coação direta político-legal” (p. 57), definição que Paul Sweezy rejeita, pois para ele pode-se “encontrar elementos de coação direta político-legal sobre o trabalho em períodos” (p.57) diferentes. Contudo, ao citar Paul Sweezy que considera a definição de Dobb do Feudalismo como virtualmente idêntico à servidão, abrangindo com isso, algo mais amplo e sendo assim deve ser analisado com cuidado. Porém, quando Sweezy se