Death penalty

1. Introdução
A pena de morte, ou pena capital, é tida no senso comum como a maior punição que um Estado pode exercer sobre um indivíduo: a privação do direito à vida (Kronenwette, 2001). Durante a maior parte da história da humanidade, este tipo de sanção foi amplamente usado, com algumas poucas exceções. Contudo, após as revoluções burguesas do século XIX e, especialmente, após a Segunda Guerra Mundial e a criação da ONU nos anos 40, este panorama tem mudado.
As pressões internacionais e as crescentes demandas por direitos humanos criam um lobby em favor da abolição de punições cruéis e desproporcionais, dentre as quais a pena de morte. Estes fatores humanitários fizeram com o que o panorama mundial mudasse completamente, saindo de uma situação em que a maioria dos países usava amplamente a pena capital para uma situação onde há uma grande redução do número de praticantes da mesma.
Entretanto, alguns países persistem com esta prática diante de um cenário desfavorável, como a China, Irã e Iraque. Apesar do foco da pena de morte estar no polo oriental do cenário global, conforme os dados apresentados ao longo deste texto, os Estados Unidos surgem como um país destoante diante o mundo ocidental. O sistema político americano, federalista, permitiu um desenvolvimento distinto, abrindo caminho para que diferentes formas de institucionalização do crime - dentre elas a pena capital - fossem estabelecidas.
O objetivo deste trabalho é buscar o aprofundamento no argumento da eficiência da pena de morte em termos de custo e como medida de prevenir crimes futuros, focando o paradoxal caso dos EUA, que até os dias de hoje ainda é um dos países que mais executa pessoas no mundo.
2. Pena de morte: Contexto global atual
A pena de morte é uma prática recorrente de grande parte das sociedades humanas. Na maioria dos países que tem a execução de criminosos como parte de sua jurisdição, são passíveis deste tipo de sentença delitos hediondos como assassinatos, chacinas e traições