De literatura
Deixa-se levar pelo deboche em "É ela!, É ela!, É ela!, É ela!" , em que revela sua paixão pela lavadeira; em "Namoro a cavalo", registrando as interpéries por que passa o namorado para encontrar sua amada que mora distante. Resta lembrar que a obra de Álvares de Azevedo apresenta linguagem inconfundível, em que o vocabulário é constante as palavras que expressam seus estados de espírito, a fuga dele a realidade, sua busca incessante pelo amor, a procura pela vida boêmia, o vício, a morte, a palidez, a noite, a mulher.
A terceira parte do livro, contém trinta poemas formado, ao todo, de 77 composições poéticas. Ressurge o casto e sentimental poeta que leva às últimas conseqüências seu anti-romantismo, constituindo-se da sua própria superação da idealização feminina e do amor platônico. Constata-se, portanto, que Álvares de Azevedo era um poeta em constante ebulição que, embora não tivesse sido adequadamente reconhecido em vida pelo que escrevia, conseguiu dar um tom forte aos preceitos da época, somando nele um senso crítico que não usava sempre, porém, ocupando com Lira dos Vinte Anos não apenas um lugar de destaque na literatura brasileira, mas a transposição para as palavras de seu consciente e inconsciente, de seu ponto de interrogação constante .
Não há nenhum prefácio, nenhuma indicação de abertura; mas sabemos que, tematicamente, encontraremos a mesma intenção da primeira parte: devaneios adolescentes, amor inacessível, erotização metaforizada, família, os temas da morte e do sofrimento, o poeta tão jovem... e o mesmo intimismo, o tom inquieto e confessional.
O livro é muito complexo pois ele vem em forma de poemas ,mas no entanto vem com