Danças
Faz parte das chamadas “danças de umbigada”, termo criado por estudiosos de nossa música e cultura popular (entre eles, Mário de Andrade, Renato de Almeida e J.
Ramos Tinhorão).
O Jongo foi trazido para o Brasil por negros escravos de origem bantu, seqüestrados nos antigos reinos de Ndongo e do Kongo, atual região da República de
Angola.
No jongo, os pares dançam dentro da roda ao som dos atabaques e “pontos”
Composto por música e dança características, animadas por poetas que se desafiam por meio de versos improvisados na hora, em com cantigas ou pontos enigmáticos ('amarrados'). Uma característica essencial da linguagem do Jongo é a utilização de enigmas, que possuem uma função mágica, que têm a intenção de causar fenômenos paranormais. Esse caráter espiritual do jongo pode ser percebido em vários aspectos da manifestação: o fato dos instrumentos (a pele dos tambores) serem afinados com fogo; o fato dos tambores serem considerados como ancestrais da comunidade
(pessoas que já morreram); a dança em círculos com um casal ao centro, que remete à fertilidade; sem esquecer, é claro, as ricas metáforas utilizadas pelos jongueiros para compor seus "pontos" e cujo sentido é inacessível para os não‐iniciados. Os instrumentos do jongo:
Na prática do jongo, alguns instrumentos são essenciais. Entre eles estão,
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Portal de Educação Musical do Colégio Pedro II – www.portaledumusicalcp2.mus.br
Os tambores ou atabaques: • São eles que “falam”, são as vozes dos