dança
O relativismo é uma postura de interpretação da realidade que sugere que tudo deve ser encarado segundo o conceito da relatividade, ou seja, a percepção de determinado fenômeno está condicionada à realidade do interlocutor, e não poderia, portanto, ser tomada como uma conclusão válida no plano geral, e sim apenas no plano particular. Em outras palavras, a verdade no relativismo é aquilo que eu percebo como verdade, independentemente da opinião alheia ou das conclusões obtidas pelos outros. O que é verdade para mim pode não ser verdade para o outro, mas isso não importa. E, assim como eu não pretendo impor meu conceito de verdade a ninguém, também não aceito que ninguém me apresente ou imponha outra interpretação da verdade. Uma espécie de “cada um na sua”
É claro que a Filosofia não trabalha com imposições. Uma máxima muito válida na Filosofia é a de que o filósofo só aceita “a força do argumento, e não o argumento da força”. Mas é necessário perceber que o relativismo é perigoso em certas áreas do relacionamento humano, e que as relações humanas precisam ser construídas sobre certos valores universais, como confiança e comprometimento mútuo. Isso não só é saudável como também não deve ser relativizado! Afinal, seria muito decepcionante confiar um segredo a uma pessoa que considere “relativa” sua obrigação de guardá-lo, ou conviver com um colega de trabalho que considere “relativa” sua obrigação de respeitar o trabalho alheio. O resultado disso seria correr o risco de ver seus segredos expostos ou de conviver com traições e “puxadas de tapete”. o relativismo aplicado à Política tende a levar as pessoas à omissão, por desistirem de insistir em ter seu destino em suas próprias mãos. As decepções constantes, os maus exemplos e os sedutores discursos dos políticos nos levam a crer que a verdade não está disponível, e que nunca saberemos o que realmente acontece nos bastidores do mundo político. Desenganados, perdemos mais uma vez a já combalida