Danos ecológicos causados pelo caramujo africano achatina fulica no brasil
Resumo
O caramujo africano Achatina fulica é considerado uma das cem piores espécies invasoras do mundo, causando sérios danos ambientais. No Brasil, 24 dos 26 estados apresentam ocorrência da espécie. Através de levantamentos bibliográficos, foi possível constatar que sua maior ocorrência é em ambientes urbanos, mas já existem indivíduos encontrados em ambientes naturais, o que pode ocasionar um dano ecológico imenso às espécies endêmicas. Ainda é necessário que haja maior divulgação de informações como os danos ambientais e reconhecimento do A. fulica para a população.
INTRODUÇÃO
O caramujo-africano Achatina fulica é um molusco terrestre, originário do nordeste da África, relatado pela primeira vez, fora de habitat natural, em 1803, na Ilha Maurício.
Por dados levantados o molusco foi introduzido ilegalmente no Brasil, em uma feira agropecuária realizada em Curitiba, entre 1988 e 1989, por empreendedores que visavam a concorrência com o verdadeiro “escargot” (Helix aspersa). Como não obtiveram êxito, o insucesso comercial provocou desistência na criação e a soltura inadequada do molusco no meio ambiente, facilitando sua disseminação. Em função de suas características biológicas (alta taxa de reprodução, adapta-se a diferentes ambientes) e ausência de predadores naturais, tornou-se uma espécie invasora, sendo considerado uma das cem piores espécies exóticas invasoras do planeta (Lowe et al. 2004)
As invasões biológicas são consideradas a segunda causa da perda de biodiversidade, pois podem alterar os ciclos ecológicos e homogeneizar a biota (Byers et al. 2002). Assim, o presente teve como objetivo revisar literaturas para avaliar os danos ecológicos do A. fulica no país.
MATERIAS E MÉTODOS
O presente estudo foi realizado através de levantamentos bibliográficos diversos, que permitiu concluir que a invasão e o combate ao caramujo africano, é uma realidade