Dadá em Nova York - Resumo
Dadá em Nova York in: RICHTER, Hans. Dadá: arte e anti-arte. São Paulo: Martins Fontes, 1993, p.107-136
No capítulo em questão, o autor discorre sobre os vários artistas que contribuíram com o movimento antiarte nos Estados Unidos, especialmente na capital de Nova York, analisando suas diferenças e semelhanças em relação ao dadaísmo europeu.
O Dadá instalou-se em Nova York a partir do fotógrafo Stiegliz e sua sociedade de fotógrafos modernos, com a premissa original de tornar a fotografia uma forma de arte reconhecida. Stieglitz não acreditava que a fotografia fosse uma reprodução crua da realidade, mas sim um instrumento para a “criação de um novo mundo”.
O fotógrafo teve amplo contato com os estilos revolucionários emergentes na europa, como fauvismo, cubismo e expressionismo, e tornou-se um “mecenas espiritual” ao apoiar jovens pintores e fotógrafos americanos que traziam novas ideias de Paris. Em sua galeria, “291”, expunha vários artistas europeus modernos, permitindo um contato, assim, entre os artistas dos dois continentes. Segundo o autor, foi a galeria de Stieglitz que preparou os americanos para o posterior “bombardeio” de arte moderna do Armory Show. “Imbuído do otimismo prático dos americanos, ele [Stieglitz] insistiu na sua experiência promissora, e tornou-se, antes da Primeira Guerra, o centro de uma avant-garde.” (p.109).
Outro artista de relevância é Picabia, figura extremamente contraditória. Suas primeiras exposições do movimento antiarte, compostas de quadros representando máquinas, foram também apoiadas por Stieglitz, embora não seguissem sua proposição original. Mais tarde, no seu periódico 391, Picabia expôs plenamente “a sua absoluta falta de respeito para com todos os valores, seu desprendimento de todos os liames de natureza social ou moral, seu ímpeto de destruição em relação a tudo que, até então era considerado arte” (p. 111).
Depois de Picabia, chegaram a Nova York outros artistas, como Geizes e Arthur Cravan, sendo que